domingo, 22 de novembro de 2009

Masturbação não é palavrão


Foi mesmo esta a minha intenção. Chamar a atenção. Não sei porquê, me deu vontade. E olha que faço de tudo para não ser notada. Bom, até agora fiz. Ou achei que fiz. Só sei que resolvi falar, pelo menos aqui.

Mas isso não quer dizer que depois de balzaquiana resolvi virar Já fiz coisas que nem eu imaginava que faria. Mas nada demais, agora eu acho. Na verdade eu tenho este problema mesmo. Não chega a ser um retardo, mas coisas acontecem comigo bem de-va-gar. Pode ser a ascendência baiana.

Há outra teoria: de que não se pode pular etapas. Pôxa, e eu achei que era uma criança e uma adolescente precoce! Ah, agora entendo o que aconteceu no carnaval de 2005. É atenuante. Não importa. Por isso larguei a terapia. Tava me prejudicando. Agora eu mesma me analiso, me interpreto e tiro minhas conclusões, mesmo que para isso tenha de recorrer a quilos de chocolate, ginástica etc.

Bom, mas voltando à masturbação, prefiro observar, guardar para mim as impressões e brincar com o imaginário alheio, com o pré-conceito. Não bebo, não fumo. Evangélica! De tanto me falarem isto, resolvi tentar. Confesso que não gostei muito. Eles são muito doidos, cara! Sei lá. Este negócio de reprimir surte efeito contrário.

“Estou grávida. O fato de ser contra o sexo não quer dizer que eu não faça!”. Já ouvi. Não ri não, porque eu acreditei. Incoente. Bom, a gente é que constroi nossas verdades e isto implica em acreditar no que se quer. Depois disso, também, não acredito mais nem em duende. E não entendam isso como vingança, não. É masturbação cerebral... catarse... sei lá.

Adoro eufemismos. Mas como eles não são impactantes, resolvi criar um com impacto: masturbação mental. Tudo bem, não é novo! Mas como ninguém patenteou... E como o uso é livre, cada um entenda como bem quiser. Mas só não vale baixaria. Detesto!

Outra coisa que odeio é palavrão. Não sei porquê. Não é por puritanismo, mas porque acho desnecessário. Apesar de ultimamente estar sendo influenciada pelo meio. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. É PQP pra lá, du caralh... pra cá. Viu? Não consigo nem escrever! Mas fico tentando entender, claro!

Não sei para quê entender. Só se for pra ficar louca, coisa que eu não sou e nem vou ficar. Já passei desta fase e olha que foram muitas e muitos antidepressivos também. Aliás, queria até saber o que é loucura.

Viu? Não resisto a tentar entender. Por isso apoio a luta antimanicomial. Eu não sou doida e me trato com médico de doido. Convivo com gente que só falta babar e é diagnosticado como normal!

Aí às vezes perco a paciência. Na verdade, quase sempre. Mas estou administrando isso. Está é a razão pela qual fico mais calada. Porque se começar a falar... Além disso, gosto de pensar muito para não me arrepender depois. Bobagem. De qualquer jeito me arrependo mesmo. Do que fiz, do que não fiz, do que penso em fazer... É dose.

Já tentei colocar a culpa no zodíaco pela inconstância, mas não adiantou nada. Também já culpei mãe, pai, família, a religião, os dogmas da Santa Sé, a falta de dinheiro, o Gato Felix... Crise existencial, ou resistencial.

Falar para não adoecer. Talvez seja um recurso. Pelo menos se economiza com terapia e análise. Mas sabe aquela parada de só sei que nada sei? Papo meio Patropi? Coisa de estudante de comunicação cheio de ideias que ele não sabe quais são? Fica assim, então. Sem noção. :)

Nenhum comentário:

Postar um comentário