segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Fazer comunicação


O que é comunicar? A quem se destinam os meios de comunicação? Com qual objetivo foram criados? Como o ser humano é afetado por eles? Em meio à crise econômica, gripe suína e até a debates sobre a exposição de crianças na TV, o papel da mídia é, mais uma vez, questionado. Ou, pelo menos, deveria ser.

A informação, como qualquer outro produto, tem de ter qualidade. Para pensar a comunicação que queremos, foi criado o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação – FNDC (www.fndc.org.br). A associação civil defende a comunicação como um direito de todos e luta pelo controle público das comunicações. Em outras palavras, dar à sociedade condições de escolher, opinar, acompanhar e monitorar a mídia.

Questionar a qualidade do que é veiculado... Primeiro veio a crise econômica mundial, com previsões catastróficas. Depois a gripe suína, que ganhou proporções da influenza espanhola, que dizimou cerca de 40 milhões de pessoas no início do século XX. Depois a indignação nacional diante das ofensas do apresentador Silvio Santos à menina Maísa, personagem criada pela televisão e que até então tinha total liberdade para falar o que pensava.

A questão não é o que informar, mas como informar, uma vez que comunicar é educar. Hoje em dia, as crianças, assim como Maísa, desde cedo são expostas à concorrência, à desumanização, que conta com grande influência dos meios de comunicação. Como as pessoas estão sendo formadas pela mídia?

Em meio à loucura provocada pela estressante agitação da sociedade moderna, muitas vezes não há tempo para questionarmos o conteúdo da mídia. Para ver como os seres humanos estão sendo formados por veículos como a televisão, babá a que muitos pais recorrem por falta de tempo, até para si mesmos.

Hoje em dia, mal dá tempo para se respirar. Em meio à enxurrada de tratamentos para estresse e depressão, temos que fazer curso para reaprender um ato que nascemos com ele: respirar. Não nos respeitamos, não nos conhecemos e, consequentemente, descumprimos o mandamento que diz “ama teu próximo como a ti mesmo”. Enfim, esquecemos a divindade que há em nós e as limitações do corpo, que é mortal.

Em meio a tanta correria, agimos antes de pensar e, com isso, não vemos as coisas como elas são; as vemos como nós somos. Alternativas como as apresentadas por Lou Marinoff no livro Mais Platão, Menos Prozac são um convite a sermos mais racionais, não deixando com que muitas vezes as emoções toldem o nosso raciocínio.

As reflexões apresentadas em Mais Platão, Menos Prozac levam a uma maior compreensão de nós mesmos e do outro. Mais tolerância com as limitações de todos nós, seres humanos, resultado de experiências individuais de crescimento – muitas vezes dolorosas – ao longo da vida e que muitas vezes geram um ato de extrema violência: a negação de nossa própria individualidade.

Apesar de cheio de hiperlinks, o texto acima se resume a falar da importância da comunicação: com nós mesmos e com o outro. Utilizando as mais diversas formas e meios: verbal, de sinais (Libras), impressa, televisiva, radiofônica, publicitária, artística e até o silêncio, para refletir sobre a vida. Afinal, comunicando é que a gente se entende.

Nenhum comentário:

Postar um comentário